(Alerta de spoiler - se você ainda não assistiu The Queen's Gambit,
(O Gambito da Rainha), pare de ler este post e volte assim que assistir ao show. Você não vai se arrepender).
Bora lá -
O Gambito da Rainha é uma minissérie fictícia de 7 episódios na Netflix. É sobre uma órfã prodígio do xadrez, Beth Harmon (interpretada por Isla Johnston, depois por Anya Taylor-Joy).
A história segue sua busca para se tornar a maior jogadora de xadrez do mundo.
Mas a busca de Beth, é dificultada pelo vício em drogas e álcool, junto com as suas lutas emocionais.
Ambientado durante a era da Guerra Fria, de meados dos anos 1950 até os anos 1960, é baseado no romance de Walter Tevis de 1983 com o mesmo título.
Então vamos lá, o que podemos aprender com O Gambito da Rainha?
Todos nós, já ouvimos a frase banal "siga sua paixão".
Mas goste ou não, seguir sua paixão é o que o leva através dos lugares difíceis, ou aos solavancos ao longo da estrada enquanto você segue seus sonhos.
Simplificando, não é nada, mais nada fácil...rs
Quando Beth descobre que adora xadrez ainda jovem, e que é boa nisso, ela decide seguir sua paixão.
Beth descobriu seu amor pelo xadrez quando William Shaible (interpretado por Bill Camp), um zelador, secretamente a ensina e a orienta como jogar.
Eles competem no porão do Lar para Meninas Methuen, no orfanato de Kentucky onde Beth está morando até que ela possa ser adotada.
Mas encontrar sua paixão, e persegui-la são duas coisas diferentes.
No início, o Sr. Shaible, um homem rude e solitário, não quer ensinar uma menina a jogar xadrez.
Ele considera Beth uma praga e quer que ela vá embora.
Mas Beth é persistente. Apesar da turbulência em seu relacionamento, Beth conquista o respeito de William e ele a incentiva a refinar seu talento.
Depois de deixar o orfanato, Beth enfrenta muitos obstáculos em sua vida.
Por exemplo, ela deve se ajustar a viver com seus pais adotivos, que mal escondem suas dificuldades conjugais sob a superfície. Ao longo do caminho, Beth também tem que lidar com a dependência de drogas, sexismo e as provocações de seus colegas de escola.
Por exemplo, quando Beth se inscreve em seu primeiro torneio, ela não é levada a sério por dois homens que trabalham na mesa onde se faz as inscrições para o jogo.
Eles dizem a ela, que não têm uma "seção feminina".
Eles acham que ela é muito inexperiente, e não vai sobreviver por muito tempo em partidas dominadas por homens.
Mas, apesar de todas as objeções, ela está determinada a seguir seus sonhos.
Durante sua primeira partida, em vez de competir contra um homem, ela se viu jogando com outra jovem mulher no torneio.
E para piorar a situação, as duas mulheres se encontram sentadas ao lado da mesa do café e do lanche - um local perturbador para quem precisa de concentração, você não acha?
Muitas das vezes, no ambiente de trabalho também enfrentamos negligências e obstáculos.
Pode ser preconceito, racismo, homofobia ou sexismo. Talvez seja um cliente que não aparece para uma consulta. Talvez seja um cliente que fica furioso com você e não retorna seus telefonemas ou e-mails. e assim por diante.
Mas o que nos faz continuar? Paixão.
Nossa paixão nos leva ao sucesso, não importa as barreiras que enfrentamos.
Os objetivos imediatos de Beth, são jogar partidas de xadrez para ganhar um prêmio em dinheiro.
Mas seu objetivo final, é competir na União Soviética para ganhar o campeonato de xadrez principal.
Ela nunca perde de vista esse objetivo.
E se você, sente que não pode atingir suas metas e objetivos, está tudo bem, não há vergonha nisso.
Só não pare, não desista, mais prossiga.
Muitos amigos de Beth fizeram isso. Alguns continuaram a jogar xadrez por diversão.
Porque perceberam que nunca se tornariam grandes mestres e ganhariam muitos prêmios em dinheiro.
Como disse: Harry Beltik (interpretado por Harry Melling), um ex-campeão estadual que ela venceu alguns anos antes: “Tenho que começar a estudar. Suponho que seja um engenheiro elétrico. Não um vagabundo de xadrez.” Harry ensinou a Beth tudo o que sabia sobre xadrez, mas percebeu que odiava o jogo.
Harry entendeu que era hora dele seguir para a faculdade e seguir uma carreira profissional.
Todos nós temos que reconhecer nossos pontos fortes e fracos se quisermos ter sucesso na vida.
Para ter sucesso, Beth pratica quase diariamente. Ela repete jogos de xadrez anteriores em sua cabeça.
Ela analisa jogos de livros e revistas.
Vou dar um exemplo:
Uma vez assisti uma série que falava como você ser um bom vendedor. Espero que este exemplo faça sentido para você: Em vendas, uma das melhores maneiras de praticar é encenar. É aqui que uma pessoa finge ser o cliente e a outra é o vendedor. Depois de uma sessão de dramatização, eles trocam de lado e fazem de novo, e de novo.
Eu sei que a dramatização de papéis não é popular entre muitos vendedores. Ninguém quer se envergonhar na frente dos colegas.
Mas é melhor parecer ridículo para seus colegas de trabalho do que na frente de seus clientes.
Lembre-se: A prática leva à perfeição. Então pratique, de novo e de novo.
Na série, Beth tem que lutar contra seus traumas pessoais.
Por exemplo, ela está viciada em tranquilizantes (sedativos benzodiazepínicos administrados em cápsulas meio verdes).
Beth começou a tomar a droga enquanto morava no orfanato.
Ela é uma alcoólatra funcional.
Beth tem flashbacks do acidente de carro que matou sua mãe.
Sua mãe adotiva, morre quando ela tinha apenas 17 anos.
O pai adotivo de Beth antes mesmo de sua mãe morrer, ele simplesmente abandona a família.
Mas ela prevalece, diante de tantas dificuldades.
Na vida, todos nós temos traumas pessoais, contra os quais devemos lutar.
Como Beth, alguns de nós podem ser viciados em drogas ou álcool, ou em qualquer outra coisa.
Talvez alguns de nós, sejam atormentados por lembranças ruins da infância.
Mas lembre-se, sejam quais forem os traumas pessoais, com os quais estamos lidando, nós somos capazes de vencê-los.
Beth está confiante, mas não de uma forma presunçosa. Desde cedo, ela sabe que é um prodígio do xadrez. Beth tem um dom nato para jogar.
Beth sabia que ganharia seu primeiro torneio.
Ela sabia que ganharia seu próximo torneio em Cincinnati.
Beth sabe, que ganhará muitas partidas no futuro.
Por exemplo, Beth diz a Benny Watts (interpretado por Thomas Brodie-Sangster), um competidor, que planeja seguir seus passos e competir na União Soviética.
Mas Benny responde que ela deve vencê-lo primeiro.
E sua resposta é - “Estou planejando isso também”.
Mas não é só a confiança que a ajuda a vencer.
É uma preparação. Ela sempre está estudando. E praticando.
Lembra do que escrevi, ali em cima? A prática, leva a perfeição.
Você não pode estar confiante a menos que faça sua lição de casa.
Enquanto morava em um orfanato, Beth leu seu primeiro livro de xadrez, Modern Chess Openings.
O livro é um clássico do mundo do xadrez. Escrita pelos enxadristas britânicos Richard Clewin Griffith e John Herbert White, a publicação teve 15 edições.
Enquanto vivia com seus pais adotivos, ela furtou um exemplar da revista Chess Review de uma drogaria, não façam isso, ok.rs.
No colégio, um de seus primeiros atos, é verificar livros de xadrez na biblioteca.
Quando ela vence seu primeiro torneio de xadrez no valor de ($100 para o primeiro prêmio em 1963, o que equivale a cerca de $845, e em ienes ¥87.800 no valor de hoje).
Ela simplesmente investe seu dinheiro para melhorar suas habilidades.
Ela compra um conjunto de xadrez de viagem e vários livros de xadrez e começa a estudar diariamente.
Mesmo assim, Beth aceita outros livros que ainda não leu porque sabe que ainda há muito a aprender.
Você nunca deve parar de aprender. Sempre há um novo livro, vídeo ou artigo que chama sua atenção.
O que sempre digo, conhecimento é poder. E é algo que ninguém pode tirar de você.
Quando um velho amigo lhe traz uma caixa de livros de xadrez para ler, ela fica nervosa porque já leu muitos deles, incluindo My Chess Career, de JR Capablanca, e Alekhine's Best Games of Chess 1938-1945, de Alexander Alekhine
Em uma das cenas, duas mulheres pertencentes a um grupo cristão visitam Beth. O grupo forneceu apoio financeiro a ela.
Em troca, ela teria que fazer uma declaração contra a União Soviética, antes de competir em um grande torneio de xadrez naquele país.
Mas nem tudo são flores, não é mesmo. Beth não concorda com a declaração.
Afinal ela é uma jogadora de xadrez. E pra que caçar confusão em um país, onde ela está preste a se apresentar.
Beth não quer fazer comentários que considere ridículos. Quando as duas mulheres reclamam, que o "grupo cristão" lhe pagou muito dinheiro, então ela, simplesmente fala: OK, eu devolvo tudo.
E se levanta, pega o cheque e assina e entra as mulheres.
Mais o que quero dizer com tudo isso?
É simples, não abandone suas convicções, seja você, não se venda, mesmo quando estiver passando por momentos difíceis.
Esteja comprometido com a verdade e em tudo que acredita.
Beth se cerca de amigos e mentores ao longo de sua carreira no xadrez.
Mas às vezes, ela os afasta. Seu vício em álcool e drogas a transformam em uma mulher chapada, cínica e entorpecida.
Por mais que alguns de seus amigos tentem ajudá-la, ela os ignora.
Em uma cena, um amigo a confronta sobre seu alcoolismo, dizendo que seu pai era alcoólatra e que ele vê os mesmos sinais nela. Seu alcoolismo é um obstáculo tão grande que ela simplesmente perde uma partida importante de Xadrez em Paris porque está de ressaca.
Mas, seus amigos não desistem dela. E um belo dia Joline (interpretada por Moses Ingram), uma garota que ela conheceu no orfanato, aparece na vida de Beth já adulta. Ela incentiva Beth a sair de sua depressão e começar a usar o seu dom.
Joline confronta Beth por seu talento, e diz: que deseja ter sucesso como ela.
Por isso está estudando para se tornar uma advogada. “O que eu quero, é o que você tem”, disse Joline.
“Você tem sido a melhor no que faz, por tanto tempo; que você nem sabe, como é para o resto de nós.”
Lembre-se?
“Um verdadeiro amigo é aquele que entra, quando o resto do mundo sai.” - Walter Winchell
Mas Joline faz mais do que encorajar Beth. Lembra quando Beth, devolve o dinheiro para o grupo cristão, que ela se recusou a fazer a declaração?
Pois é, ela ficou sem dinheiro para ir à União Soviética.
Mais Joline apareceu, para ajudar Beth, emocionalmente e prover quando ela mais precisava.
Ela "empresta" o dinheiro para a Beth ir à União Soviética para jogar no prestigioso Torneio de Xadrez Invitacional de Moscou de 1968.
O financiamento permitirá a Beth competir com vários jogadores de xadrez importantes, incluindo Vasily Borgov (interpretado por Marcin Dorociński). Borgov é um jogador de xadrez campeão mundial da Rússia e o competidor mais feroz de Beth.
O financiamento permitirá a Beth competir com vários jogadores de xadrez importantes, incluindo Vasily Borgov (interpretado por Marcin Dorociński). Borgov é um jogador de xadrez campeão mundial da Rússia e o competidor mais feroz de Beth.
Ele já venceu Beth em dois jogos anteriores. Se ela o derrotar, Beth realizará seu maior sonho, de se tornar a campeã mundial de xadrez.
No entanto, Beth fica surpresa com a oferta de Joline e não entende por que ela seria tão generosa com uma amiga que ela não via há anos.
Joline responde: “Estou aqui porque você precisa que eu esteja aqui.
É isso que a família faz. É o que somos. Algum dia eu posso precisar de você.”
Ei meu querido(a), louve a Deus, por seus verdadeiros amigos.
Na vida, é fácil permitir que as amizades se desfaçam, devido à pressão e ao estresse do dia a dia.
Talvez seja porque você está passando por um período ruim, e o seu amigo também, e uma faisca pode gerar uma explosão, levando assim, ao fim de uma amizade.
Mas lembre-se, nós precisamos de amigos, precisamos de ajuda.
Não é vergonhoso buscar ajuda, quando estiver se sentindo triste, depressivo ou sozinho.
Você não está só.
Todos nós, não podemos ser grandes mestres do xadrez como Beth Harmon.
Mas podemos aprender com O Gambito da Rainha, como ser uma pessoa melhor e não desistir diante dos obstáculos.
Eu sempre joguei Xadrez, na escola e em casa, quando criança. E amei essa série.
Você assistiu a série? O que achou, vamos conversar sobre...
Obrigada por chegar até aqui.
Que Deus abençoe seu dia.
Nick Ikite
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